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terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Vozes pelo SIM: Diogo Infante


Voto sim, porque não me reconheço numa sociedade que prefere virar a cara, a lidar de frente com problemas reais.
O Aborto clandestino existe, há demasiado tempo, e é altura de aprendermos a lidar com ele, sem medos e sem vergonha. No essencial trata-se de responder à questão, se queremos persistir em criminalizar as mulheres por um acto, que na verdade, a própria sociedade não reconhece como crime. Quantos de nós seriamos realmente capazes de denunciar uma mulher, por ter feito um aborto?
Numa sociedade perfeita não haveria abortos! Mas a nossa sociedade não é perfeita e nós tambem não.
O aborto clandestino não vai parar nem diminuir, simplesmente porque achamos mal, é preciso fazer alguma coisa, é preciso agir!
O aborto não é, nem pode ser usado como método contraceptivo, mas é urgente permitir àquelas mulheres que numa situação limite, se sentem incapazes de persistir numa gravidez que não desejam, muitas vezes por coacção da sociedade, da familia ou até dos próprios parceiros, e que querem voluntariamente interromper a sua gravidez, o possam fazer em condições de saúde dignas, sem risco para a sua vida e com acompanhamento profissional.
Defendo a despenalização como forma de tornar transparente uma realidade perturbadora, que optamos por desconhecer, porque simplesmente é mais cómodo e que nos deixa aparentemente em paz com a nossa consciência, pelo menos, até nos tocar a nós ou a alguém que amemos. É fundamental não sermos tão precipitados num julgamento moral que é necessariamente injusto e hipócrita, e que promove a desigualdade social, e aprendermos a construir uma sociedade mais tolerante, mais igualitária e mais humana!